Publicado em: O Sangue de Cristo, Pregações. Marcado: O Sangue de Cristo, Pe Roberto, Pregação, Toca de Assis. 5 Comentários
Para alegria da Igreja do Céu, cremos profundamente no mistério da comunhão dos santos, em que a Igreja do Céu é comunhão da Igreja da terra.
Como é bom falar dos santos anjos e poder crer que temos um amigo que nos acompanha e que é nosso anjo guardião. Também para nos libertar de toda essa onda de falsa angelologia(Tratado acerca de anjos) que penetra no coração dos católicos, e que é vinda do esoterismo. Você encontra isso na mídia, na Rádio, TV, mas não são anjos de Deus, são chamados de cabalísticos, porque não são adoradores de Cristo.
São Miguel Arcanjo tem como centro Jesus Cristo. O centro de tudo tem de ser Ele, por isso nessa pregação quero lhes falar da necessidade que temos de adorar ao sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
Numa das imagens em que Jesus aparece crucificado, há uma linda pintura antiga que coloca em cada estigma de Jesus Cristo (nas mãos, no coração e nos pés) cinco anjos segurando cálices nas mãos, para que o sangue do Senhor caia dentro deles. Esses anjos adoram ao sangue de Nosso Senhor, há uma adoração do mundo angélico ao sangue d’Ele.
Aliás, quero ensinar a vocês uma tradição puríssima da Igreja Católica que é chamada de via sangris. Esta via do sangue de Cristo é como a via sacra. Você adora o sangue do Senhor Jesus nas 7 aspersões do Santíssimo Sangue que saiu do corpo d’Ele.
1ª – A circuncisão de Jesus
2ª – A agonia do Senhor no Horto das Oliveiras
3ª – A flagelação
4ª – A coroação de espinhos
5ª – O caminho para o calvário
6ª – A crucificação
7ª – O coração d’Ele ferido pela lança do soldado romano
2ª – A agonia do Senhor no Horto das Oliveiras
3ª – A flagelação
4ª – A coroação de espinhos
5ª – O caminho para o calvário
6ª – A crucificação
7ª – O coração d’Ele ferido pela lança do soldado romano
Essa via nos leva a adorar o sangue do Senhor em cada momento da vida d’Ele. Ela termina na celebração da Santa Missa, no altar, quando o sacerdote levanta o cálice e nós erguemos nosso olhar, olhamos para o cálice e nele adoramos o santíssimo sangue de Jesus Cristo. Nesse momento, você vai invocando este sangue para a sua vida, sua família e para aqueles que estão enfermos. E o verdadeiro auge é a adoração ao sangue de Cristo em cada Missa celebrada.
Hoje, nós católicos estamos reaprendendo a adoração que se deve dar ao sangue de Jesus Cristo presente na Santa Missa. Ao sangue que você comunga e que foi o preço, o fundamento, o auge da nossa salvação e que é adorado profundamente pelos anjos celestes.
Quando o sangue de Jesus sai do corpo d’Ele torna-se um sangue consagrado por amor porque é doado, derramado. Ele merece ser adorado não só por ser sangue divino, mas por ser derramado por nós, ele merece por nós católicos.
São Tomás de Aquino escreveu: "A carne do Senhor salva o nosso corpo e o seu sangue salva a nossa alma". O terror do inferno é o sangue de Cristo. Quando um exorcista tem esse ministério, ele invoca o sangue de Cristo. O que os demônios mais gostam de ver são sacrifícios humanos, em que eles podem ver o sangue das pessoas. Eles pedem sacrifícios, mas em toda história bíblica o sangue sempre foi sinônimo de vida, sinônimo de salvação para o mundo.
A Igreja Católica estende o seus braços para chamar seus filhos a adorar o sangue de Cristo presente nos sacramentos e no altar dizendo: "Comam e bebam, isto é o cálice do meu sangue que é derramado por todos para a remissão dos pecados".
O sangue de Cristo pertence à Igreja Católica porque quem o consagra é ela. A alegria profunda que temos no coração de pertencer a essa Igreja deve ser essa adoração.
Na Missa, o sacerdote levanta o cálice de Jesus e diz: "Esse é o Cordeiro que tira o pecado do mundo". Se os demônios não adoram o sangue de Cristo, a Igreja Católica o olha, o adora e o consagra. Não só isso, ela entrega este sangue como bebida para vocês.
Ladainha ao Preciosíssimo Sangue de Cristo
Postado por Marcus em julho 1, 2009
Publicado em: O Sangue de Cristo, Orações Antigas da Igreja. Marcado: Ladainha, O Sangue de Cristo. 2 Comentários
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos… Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Deus Filho, redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Sangue de Cristo, Sangue do Filho Unigênito do Eterno Pai, salvai-nos Sangue de Cristo, Sangue do Verbo de Deus encarnado,
Sangue de Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento,
Sangue de Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento,
Sangue de Cristo, correndo pela terra na agonia,
Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação,
Sangue de Cristo, gotejando na coroação de espinhos,
Sangue de Cristo, derramado na cruz,
Sangue de Cristo, preço da nossa salvação,
Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção,
Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia,
Sangue de Cristo, torrente de misericórdia,
Sangue de Cristo, vencedor dos demônios,
Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires,
Sangue de Cristo, virtude dos confessores,
Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação,
Sangue de Cristo, gotejando na coroação de espinhos,
Sangue de Cristo, derramado na cruz,
Sangue de Cristo, preço da nossa salvação,
Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção,
Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia,
Sangue de Cristo, torrente de misericórdia,
Sangue de Cristo, vencedor dos demônios,
Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires,
Sangue de Cristo, virtude dos confessores,
Sangue de Cristo, que suscitais almas virgens,
Sangue de Cristo, força dos tentados,
Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham,
Sangue de Cristo, consolação dos que choram,
Sangue de Cristo, esperança dos penitentes,
Sangue de Cristo, conforto dos moribundos,
Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações,
Sangue de Cristo, penhor de eterna vida,
Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório,
Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória,
Sangue de Cristo, força dos tentados,
Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham,
Sangue de Cristo, consolação dos que choram,
Sangue de Cristo, esperança dos penitentes,
Sangue de Cristo, conforto dos moribundos,
Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações,
Sangue de Cristo, penhor de eterna vida,
Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório,
Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Remistes-nos, Senhor com o Vosso Sangue. E fizestes de nós um reino para o nosso Deus.
Oremos:
Todo-Poderoso e Eterno Deus, que constituístes o Vosso Unigênito Filho, Redentor do mundo, e quisestes ser aplacado com o seu Sangue, concedei-nos a graça de venerar o preço da nossa salvação e de encontrar, na virtude que Ele contém, defesa contra os males da vida presente, de tal modo que eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Assim seja!
Todo-Poderoso e Eterno Deus, que constituístes o Vosso Unigênito Filho, Redentor do mundo, e quisestes ser aplacado com o seu Sangue, concedei-nos a graça de venerar o preço da nossa salvação e de encontrar, na virtude que Ele contém, defesa contra os males da vida presente, de tal modo que eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Assim seja!
Rezar neste Mês de Julho dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus.
Julho mês do Preciosíssimo Sangue de Cristo
Postado por Marcus em julho 1, 2009
Publicado em: O Sangue de Cristo. Marcado: Mês de Julho, O Sangue de Cristo, Preciosíssimo Sangue de Cristo.Deixe um comentário
O mês de julho a Igreja dedica ao preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. E o dia 2 de julho é o dia do Sangue de Cristo. O Sangue de Cristo representa a Sua Vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. Quem for batizado e crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16,16) pelo Sangue de Cristo.
Em cada Santa Missa a Igreja renova, presentifica, atualiza e eterniza este Sacrifício de Cristo pela Redenção da humanidade. Em média, a cada quatro segundos essa oferta divina sobe ao Céu em todo o mundo.
O Catecismo da Igreja ensina que mesmo que o mais santo dos homens tivesse morrido na cruz, seria o seu sacrifício insuficiente para resgatar a humanidade das garras do demônio; era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer este sacrifício; então, o Verbo divino, dignou-se assumir a nossa natureza humana, para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.
“Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,8-9). São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus, mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe1,19)
Ao despedir dos bispos de Éfeso, em lágrimas, S.Paulo pede que cuidem do rebanho de Deus contra os hereges que já surgiam naquele tempo, porque este rebanho foi “adquirido com o seu Sangue” (At 20,28).
Para os judeus a vida estava no sangue (cf. Lv 11, 17), e por isso eles não comiam o sangue dos animais; na verdade, a vida está na alma e não no sangue; mas para eles o sangue tinha este significado. É muito interessante notar que no dia da Páscoa, a saída do povo judeu do Egito, naquela noite da morte dos primogênitos, Deus, segundo o entendimento do povo, mandou que este passasse o sangue do cordeiro imolado nos umbrais das portas para que o Anjo exterminador não causasse a morte do primogênito naquela casa.
Este sangue do cordeiro simbolizava e prefigurava o Sangue de Cristo, da Nova e Eterna Aliança que um dia seria celebrada no Calvário. É por isso que S.João Batista, o Precursor de Jesus, ao anunciá-lo aos judeus vai dizer: “Este é o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (Jo 1, 19). É a missão de Cristo, ser o Cordeiro de Deus imolado por amor dos homens.
Milagre de Lanciano
“Se, porém, andamos na luz como ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1, 7). “Jesus Cristo, testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu Sangue e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém.” (Ap 1, 5)
“Cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu Sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça; e deles fizeste para nosso Deus um reino de sacerdotes, que reinam sobre a terra” (Ap 5, 9-10).
Os mártires derramaram o seu sangue por Cristo, na força do seu Sangue: “Mas estes venceram-no por causa do Sangue do Cordeiro e de seu eloqüente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12, 11). O Apocalipse ainda nos mostra que os santos lavaram as suas vestes (as almas) no Sangue de Cristo: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no Sangue do Cordeiro” (Ap 7, 14).
Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar pela fé; somos justificados por esse Sangue ensina S. Paulo: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9).
Ele está à nossa disposição também no Sacramento da Confissão; pelo ministério da Igreja e dos sacerdotes o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o seu precioso Sangue. Infelizmente muitos católicos ainda não entenderam a profundidade deste Sacramento e fogem dele por falta de fé ou de humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na Confissão e cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.
Assim, a Igreja tem como doutrina que "não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. Não existe ninguém, por mau e culpado que seja, que não deve esperar com segurança seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero" (CIC 982). Porque o "amor é mais forte que o pecado" (CIC 2844) e "não há limite nem medida a esse perdão essencialmente divino" (CIC 2845).
“O sinal do “sangue derramado”, como expressão da vida doada de modo cruento em testemunho do amor supremo, é um acto da condescendência divina à nossa condição humana. Deus escolheu o sinal do sangue, porque nenhum outro sinal é tão eloquente para indicar o envolvimento total da pessoa.”
[João Paulo II, Discurso às associações dedicadas ao culto do Sangue de Cristo
[João Paulo II, Discurso às associações dedicadas ao culto do Sangue de Cristo
Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma. Mas é preciso parar para adorá-lo no Seu Corpo dado a nós. Infelizmente muitos ainda comungam mal, com pressa, sem Ação de Graças, sem permitir que o Sangue Real e divino lave a alma pecadora e doente.
A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o gênero humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia.
No século passado, foi São Gaspar de Búfalo admirável propagador desta insigne devoção, tendo o merecimento da aprovação da Santa Sé e por isto até hoje é conhecido como o "Apóstolo do Preciosíssimo Sangue". Foi por ordem do Papa Bento XIV que foram compostos a missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus para finalmente ser estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX.
O Papa João XXIII, cuja família desde a sua infância foi fiel devota ao Preciosíssimo Sangue, também perpetrou esta santa devoção, tendo logo no início de seu pontificado escrito a Carta Apostólica Inde a Primis, a fim de promover o seu culto, conforme fez menção o Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Angelus Domini, onde frisa o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele sangue, do qual "uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa" .
«Ao aproximar-se a festa* e o mês** dedicados ao culto do Sangue de Cristo, preço do nosso resgate, penhor de salvação e de vida eterna, façam-na os fiéis objecto de meditações mais devotas e de comunhões sacramentais mais frequentes. Iluminados pelos salutares ensinamentos que vêm dos Livros Sagrados e da doutrina dos padres e doutores da Igreja, reflictam no valor superabundante, infinito desse Sangue verdadeiramente preciosíssimo, do qual uma só gota pode salvar o mundo todo de toda culpa” (…)
Portanto, se infinito é o valor do Sangue do Homem-Deus, e se infinita foi a caridade que o impeliu a derramá-lo desde o oitavo dia do seu nascimento, e depois, em superabundância, na agonia do horto (cf. Lc 22,43), na flagelação e na coroação de espinhos, na subida ao Calvário e na crucifixão, e, enfim, da ampla ferida do seu lado, como símbolo desse mesmo Sangue divino que corre em todos os sacramentos da Igreja, não só é conveniente, mas é também sumamente justo que a ele sejam tributadas homenagens de adoração e de amorosa gratidão por parte de todos os que foram regenerados nas suas ondas salutares.» João XXIII, Carta Apostólica “Inde a primis”, Culto ao Preciosíssimo Sangue de Cristo
Portanto, se infinito é o valor do Sangue do Homem-Deus, e se infinita foi a caridade que o impeliu a derramá-lo desde o oitavo dia do seu nascimento, e depois, em superabundância, na agonia do horto (cf. Lc 22,43), na flagelação e na coroação de espinhos, na subida ao Calvário e na crucifixão, e, enfim, da ampla ferida do seu lado, como símbolo desse mesmo Sangue divino que corre em todos os sacramentos da Igreja, não só é conveniente, mas é também sumamente justo que a ele sejam tributadas homenagens de adoração e de amorosa gratidão por parte de todos os que foram regenerados nas suas ondas salutares.» João XXIII, Carta Apostólica “Inde a primis”, Culto ao Preciosíssimo Sangue de Cristo
O Sangue de Cristo – Padre Roberto Lettieri
Postado por Marcus em abril 7, 2009
Publicado em: Pregações, Semana Santa. Marcado: A Paixão, A Santa Missa, O Sangue de Cristo, Pe Roberto. 97 Comentários
Quero falar ao seu coração através de uma passagem do Apocalipse e lembrá-lo que Jesus é vitorioso, é o Senhor!
Ele vai trazer o manto embebido em sangue. Que Sangue é esse? É o sangue da sua Paixão, é o sangue das chagas de suas mãos, dos seus pés, do seu coração. É o sangue derramado no Horto das Oliveiras, que nós tomamos sobre o altar; é o Sangue do momento da elevação. Quando eu ergo o Corpo de Deus no altar, o cálice do seu Sangue, esse Sangue corre pelos meus braços, chegando e banhando vocês no momento da Consagração no sacrifício da Santa Missa.
Eu tive uma experiência muito profunda em uma das Santas Missas que celebrei em meu retiro quaresmal que gostaria de compartilhar com vocês. Ao todo celebrei setenta e oito Missas, e em uma delas, numa Passio Domine (celebração onde se revive as últimas horas da Paixão do Senhor realizada todas as quintas e sextas-feiras) de uma quinta-feira, eu ergui bem alto o cálice do Sangue de Jesus, até onde meus braços podiam chegar. Eu chorava, as lágrimas escorriam dos meus olhos, eu segurava meus braços, e chorava.
Aquela Quinta-feira tinha sido um dia de muito cansaço para mim, de muita luta espiritual, de muitas coisas pelas quais a gente passa em um retiro, mas ali, graças a Deus, eu fui fiel, eu fiquei com o cálice bem erguido…. aquele silêncio…. e a visão que me foi dada foi linda: o Sangue escorria pelos meus braços, descia e chegava até a vocês.
Passava por debaixo das portas, entrava, e conforme o sangue de Jesus invadia tantas casas, penetrava também no coração de pessoas pelas quais eu rezava.
Naquele momento, o Sangue de Jesus ia entrando e as serpentes iam saindo. Conforme o Sangue de Jesus entrava, as serpentes saíam. Saíam das casas, saíam das almas, dos corações, saíam das mentes, e eu, ali, chorava e as lágrimas quentes iam descendo pelo meu rosto, enquanto eu adorava o Sangue de Jesus.
Diante de tudo isso, o terror dos infernos! O demônio me dizia: “Abaixa este Cálice, abaixa esta coisa, abaixa isso, desce esse Cálice. Não! Não faça isso! Desce esse Cálice! Não erga mais, abaixa esse Cálice, desce esse Cálice!”
E, quanto mais eu chorava mais meus braços pesavam, mais eu erguia, erguia, e adorava o Sangue do Senhor, e o Sangue de Jesus ia entrando na vida de todos ali presentes, salvando-os, mas, não só eles, e sim todas as pessoas que naquele momento vinham ao meu coração. Eu via almas de pessoas que haviam se suicidado, se perdendo, e o Sangue do Senhor entrando e salvando, resgatando, retirando-as do mais profundo dos abismos e trazendo-as ali bem perto do altar, para serem lavadas, santificadas e purificadas.
Quando ajoelhado no momento em que eu ia beber o Preciosíssimo Sangue do Nosso Senhor Jesus Cristo, fiz o sinal da cruz com o Cálice em direção aos meus lábios e eu vi a gota do sangue entrando, eu vi até o coração com aqueles dois tubos, e o Sangue entrava diretamente por eles e o meu peito queimava, e o Senhor falava: “Aperta o cálice, aperta, segura firme, fica com ele assim, segura”.
Dessa Missa em diante, aprendi a segurar o cálice com as duas mãos e espremê-lo, significando: “Cai, cai, Sangue de Cristo, no meu coração, entra, entra. Cai, Sangue de Cristo, não só no meu coração, mas na Igreja, o Sangue da Paixão de Jesus.
Vocês que bebem do Sangue de Jesus Cristo, no sacrifício da Santa Missa, terão os lábios tingidos pelo Sangue de Cristo.
Cristãos, atentem para o que eu digo agora:
“O Sangue de Cristo cai dentro do seu coração, diretamente do seu coração”. Ele entra e vai diretamente ao seu coração, é nele que o Sangue de Jesus cai quando você o recebe, dentro do seu coração. Guardem bem: O seu coração é um cálice, é ele que recebe o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua alma vive e bebe do seu coração com Jesus Cristo.
A sua alma cristã, a sua alma que quer viver a Paixão de Cristo, ela tem um cálice, um sacrário do Sangue de Cristo, dentro do seu coração, dentro da sua alma, para que você possa viver, nutrir-se vencer as dificuldades, vencer as provações. Para que você possa dizer: “Jesus, Tu és o meu Senhor! Tu és o meu Senhor, eu não vou voltar atrás, eu não vou viver a minha nudez, eu não vou ser como Pedro e seguir-te de longe, ao contrário, eu vou ficar com o Senhor! Ficar, e ficar até o fim, Senhor. Que a gota do teu Sangue caia diretamente no meu coração e me guarde”.
Essa experiência faz parte também do momento da Santa Missa. O padre faz uso de gestos mais profundos quando da Santa Missa. Gestos que enobrecem e forma a identidade sacerdotal de cada um. Como os Padres tem de ter a sua identidade sacerdotal, toda pessoa também tem de guardar a sua identidade, que deve ser formada pelo Sangue de Cristo. Guardem isto: nós temos que ser formados pelo Sangue de Cristo! Não pela faculdade, não pela filosofia, nem pela teologia. É o Sangue de Cristo que forma os seus Sacerdotes, os seus Consagrados e Consagradas.
São Cirilo, o grande Bispo de Jerusalém, já no século II, dizia: “Ao tomares o Sangue de Cristo primeiro santifica com seus olhos, toca com seus lábios e, depois que você tomou, toca com o dedo em seus lábios e faça o sinal da cruz na sua fronte, nos lábios e no coração”.Muito lindo isso que São Cirilo disse. Ele é o grande homem das catequeses mistagógicas, o que significa que ele pregava o Mistério de Cristo e que não era um pregador de catequese comum, pois ele era estudioso da Mistagogia, ou seja, pregava o Mistério contido no Mistério. Ele ensinava a tomar o Sangue de Cristo: “Quando ele chegar em seus lábios beba e não se deixa enganar pelos sentidos, ou seja, tem gosto e cheiro de vinho mas não é mais vinho, é o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não deixe se enganar pelos sentidos, acabaram-se os sentidos, ent]ao toma, aperte em seu peito, faça profunda ação de graças e depois toque com o dedo em seus lábios e faça o sinal da cruz, na sua fronte, nos seus lábios e no coração, e santifica os seus sentidos, santifica a sua vida pelo Sangue de Cristo que você recebeu”.
Fico muito feliz, mas choro. Foram muitas lágrimas derramadas naqueles quarenta dias, não só de alegria, mas de dor, de sacrifício, porque é assim o caminho de Jesus, não tem outro caminho, não adianta. Ou você quer ficar nú e fugir? Então vá! Ou você quer seguir Jesus de longe, como Pedro? Então siga!
Eu me alegro porque, pela graça de Deus em meus retiros, eu de repente me deparo, ao ler um livro ou uma instrução, que muitos Santos Padres confirmam aquilo que eu vivi. Isso me deixa muito feliz pois não é algo que eu criei. É uma experiência pessoal minha também! Ela é muito especial para quem a recebe e eu tenho que passá-la a vocês.
Trechos do Livro: Adoremos a Paixão de Nosso Grande Deus e Senhor Jesus Cristo, Nossa Salvação, Pe Roberto Lettieri, Toca de Assis, editora Palavra e Prece.https://saopio.wordpress.com/tag/o-sangue-de-cristo/
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